segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Entrevista | Mariangela Damiani

Oi galera!! Nossa querida coordenadora, amiga e mamãe Mariangela concedeu uma entrevista para o Rogério Felisbino, vice-presidente da ABRARTE, falando sobre arte no movimento espírita, dança e sobre o grupo Crisálida. Segue abaixo a matéria!


'Não precisamos obrigatoriamente de palavras para difundir o Espiritismo; precisamos de atitudes, gestos, ações, sentimentos!'

Mariangela Damiani Gonçales é natural do Rio de Janeiro(RJ).
Graduada em licenciatura plena em Artes Visuais pela Universidade
Metodista do Rio – Bennett, e pós-graduada em Dança-Educação
pela Universidade Castelo Branco. Possui formação em balé
clássico, dança moderna, jazz dance, dança afro-brasileira e dança
flamenca. Leciona a disciplina de Artes Visuais e Dança em escolas
do Município e Estado do Rio de Janeiro, no ensino fundamental e
médio; ministra também cursos na área de conscientização
corporal, reeducação postural e dança em escolas para formação de
professores, em universidades e empresas, além de um projeto de
conscientização corporal no Programa de Extensão Universitária para a melhor idade
junto a FaCE - Faculdade de Cultura e Existencialidade da Universidade Metodista do
Rio – Bennett. Coordena o Grupo Crisálida. Coordenou a 2º Mostra Abrarte Sudeste,
realizada no Rio de Janeiro, em 2011. É associada da Abrarte desde março de 2010.

1. Como você começou seu trabalho com arte espírita?

Sou trabalhadora do movimento espírita já há alguns anos e no Estado onde moro participo de um
encontro bem famoso chamado COMEERJ – Confraternização das Mocidades Espíritas do Rio de
Janeiro. A COMEERJ é dividida em dezenove pólos, e o pólo II, que frequento, incentiva atividades
artísticas, oficinas de arte e momentos para que o confraternista se apresente. Foi a partir daí que
tudo começou: apresentações de coral, de teatro e logo depois veio a dança.

2. Como você define a arte espírita?

Não costumo usar a nomenclatura “Arte Espírita”, “Música Espírita”, “Dança Espírita”... prefiro
dizer que fazemos arte no movimento espírita. Como profissional da arte, acredito que esta não
deva ser rotulada, pois se assim o fizermos acabaremos diminuindo sua função. É importante
ressaltar que esta diminuição não é pelo valor, de forma alguma, mas pelo que já desenvolve e
pode vir a desenvolver. Quando colocamos o sobrenome “Espírita”, tenho a impressão que só
estamos fazendo algo relativo ao Espiritismo, ou para os espíritas, e muitas vezes um título
distancia as pessoas, ao invés de aproximar. Portanto, não sei se tenho algo a definir sobre “Arte
Espírita”, talvez a arte que fala sobre os ensinamentos do Cristo. Mas, e os católicos, os
evangélicos e outros mais, também não falam? Será que só os espíritas estariam “autorizados” a
fazer arte espiritualizada? Tenho visto em tantos encontros esta mesma pergunta e as pessoas
sempre tentam defini-la com palavras bonitas... mas será que precisamos realmente defini-la ou
simplesmente vivenciá-la em todos os momentos da nossa vida?

3. Poderia nos falar sobre o Grupo Crisálida? Como e quando começou e quais seus
objetivos?

Bem, o Grupo Crisálida propriamente dito tem esta formação desde 2009. Antes, porém, já
estávamos preparando a chegada do mesmo, nas apresentações da Comeerj. A idéia começou em
2004 quando, a convite de um grande amigo, resolvi fazer uma apresentação de dança no nosso
evento anual. A princípio tivemos alguns problemas, as pessoas não acreditavam, nem aceitavam
a dança no movimento espírita, mas, após uma longa conversa, apresentação para os
coordenadores do evento e alguns dirigentes convidados de casas espíritas, a opinião mudou e
ganhamos respeito e admiração por este trabalho, não só no evento, como também no CEERJ –
Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro. Sendo assim, com esta aprovação, resolvi agregar
algumas pessoas à minha idéia e fui em busca delas...era um filho que tocava, um marido que
pintava, uma amiga que cantava, algumas meninas que dançavam...e aos poucos o grupo já
estava se formando. O Crisálida é um grupo que busca promover e valorizar a transformação
moral do homem por intermédio da arte. Tendo como característica a união de diversas
linguagens artísticas, como teatro, dança, artes plásticas e música, o Grupo Crisálida tem como
proposta principal despertar nos jovens, crianças e adultos este potencial criador, cultivando a
interação com o próximo de forma íntegra e respeitosa.

4. E os projetos futuros do grupo?

Falar em projeto é complicado, pois temos vontade de fazer tantas coisas e algumas vezes estas
vontades se transformam em projetos que vão à frente, mas muitas vezes não saem da vontade.
Atualmente estamos trabalhando para remontar o espetáculo “Caminhos do Vento”, que
apresentamos no Fecef 2011 [Festival da Canção e Encontro de Arte Espírita em Franca]. Na
realidade, este espetáculo foi uma pré-estreia que fizemos e não estávamos totalmente
preparados para isso. Aprendemos bastante, percebemos como precisamos vigiar e vigiar nossos
atos, mas foi muito bom este aprendizado. No Grupo Crisálida pensamos e trabalhamos em
conjunto. Temos uma coordenação geral que direciona os trabalhos, mas não fazemos nada sem
que esteja de acordo com o grupo. E uma coisa que aprendemos com o passar do tempo é dar um
passo de cada vez! Não buscamos grandes projetos, embora tenhamos o ímpeto de aceitar os
desafios que nos oferecem e o que muitas vezes nos coloca em situação um tanto quanto
complicada por conta do tempo e de outros afazeres da vida particular. Mas, graças a Deus e à
equipe espiritual que nos assiste e coloca nossos pés no chão, estamos dando conta do recado,
ensinando e principalmente aprendendo.

5. O que representa para você trabalhar no Crisálida?

Trabalhar com o Grupo Crisálida é a concretização de um sonho, um sonho que nem mesmo eu
sabia que tinha. Eu sempre estive em contato com a arte, desde criança danço balé e outros
estilos de dança, fiz cursos teatrais, cantei em corais, fiz faculdade e especialização em artes e,
embora este contato tenha sido tão constante e intenso em minha vida, sentia que faltava algo,
não estava bem resolvida com a arte! Quando comecei a trabalhar com a arte no movimento
espírita, e mais especificamente com o Grupo Crisálida, senti que a arte verdadeiramente passou a
fazer sentido na minha vida, que todas as lágrimas valeram a pena e que uma porta imensa se
abriu na minha vida, inclusive na minha profissão propriamente dita. Passei a olhar meus alunos
de outra forma, a planejar para as escolas em que também dou aulas de artes de forma diferente.
Hoje posso dizer com certeza que me sinto muito feliz com o trabalho de arte que faço e que é de
uma forma só, seja dentro ou fora do movimento espírita.

6. É possível difundir o Espiritismo através da dança?

Sim, a dança é uma linguagem artística como outra. Pelo fato de a dança não utilizar palavras
propriamente ditas, a impressão que muitas pessoas têm é que falta algo para passar. Mas, vamos
pensar um pouco: o homem, antes mesmo de falar, se movimenta, utiliza gestos implícitos ou
explícitos para se expressar e consegue fazer com que o próximo entenda. Não precisamos
obrigatoriamente de palavras para difundir o Espiritismo, precisamos de atitudes, gestos, ações,
sentimentos! E isso a dança sabe fazer muito bem!

7. Como está o panorama da dança no movimento espírita brasileiro?

A dança ainda está tentando ocupar seu espaço no movimento espírita, mas já progredimos
bastante, já temos até Mostras de Dança... A verdade é que não sabemos quando este espaço vai
ser realmente reconhecido, pois a dança principalmente ainda sofre questões culturais. Ainda é
muito forte o descaso do fazer corpóreo, o medo da sensualidade, o preconceito dos próprios
profissionais de dança que não aceitam esta linguagem artística atrelada a uma fé e também não
se esforçam em entender as razões daqueles que querem fazer, julgando e criticando sem
nenhum esforço. Acho que todos nós, profissionais de dança, arte e educação, que estamos à
frente dos grupos artísticos trabalhando no movimento espírita, ainda temos muito trabalho pela
frente, e um dos principais é conscientizar a todos quanto à necessidade do estudo. Estudo não só
doutrinário, mas também da arte a qual se propõem trabalhar, pois só assim teremos respeito e
um verdadeiro reconhecimento, não só pela dança, mas pela arte de uma forma geral.

8. Em 2011, aconteceu no Rio de Janeiro a 2ª Mostra Abrarte Sudeste. Como foi a
repercussão do evento na região?

A Mostra Abrarte Sudeste foi uma porta que se abriu no movimento espírita de arte do Rio de
Janeiro, um momento inesquecível de integração entre artistas. Particularmente me sinto muito
honrada na confiança que a Abrarte depositou na equipe do Rio de Janeiro. A Mostra Abrarte
ainda repercute e gerou frutos, pois, muitos se inspiraram no trabalho para organizarem novos
encontros. Realmente, nunca vi o movimento espírita do Rio de Janeiro tão empenhado em
apresentações artísticas quanto atualmente, são encontros por todos os lados, são atividades em
todos os finais de semana. Inclusive, é com grande alegria que anuncio um novo evento que
teremos a partir deste mês, no CEERJ – Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro, a “Sexta às
Seis”. Esta foi uma idéia do Gutemberg Paschoal, da área de Comunicação Espírita do CEERJ, que
gentilmente me convidou a participar deste trabalho, catalogando os grupos e fazendo este
contato mais diretamente. Este é um evento artístico que acontecerá toda última sexta do mês, às
seis horas, no auditório do CEERJ, na Rua dos Inválidos, n] 182, no Centro do Rio de Janeiro.
Teremos sempre duas atrações. A estreia será no dia 31 de agosto, com a apresentação do Grupo
Crisálida e do Fábio Leite. Bem, com tudo isso, acho que só temos a agradecer a Deus e a todos
vocês da organização da Abrarte que nos impulsionam e nos fazem acreditar que, apesar das
dificuldades, vale a pena continuar este trabalho maravilhoso. Aproveito para agradecer
especialmente aos meus amigos Gláucio Cardoso e Anderson Daltro que em 2009 me convidaram
para ir na 1ª Mostra Abrarte Sudeste, me proporcionando este reencontro com outros amigos tão
especiais de muitas reencarnações, a eles dois minha eterna gratidão. Mais uma vez, obrigada por
esta oportunidade de falar sobre a dança e a arte em geral e aproveito para falar que as inscrições
da Mostra Nacional de Dança Espírita continuam abertas no site da Abrarte. É só entrar e se
inscrever! E a Mostra de Dança Rio também está cominstrições abertas. Para maiores informações,
os interessados podem estar enviando um email para marigoncales@yahoo.com.br,

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

GEDE - Grupo Espírita de Dança Evolução

Oi amigos! Vejam que vídeo lindo que nossos amigos do GEDE fizeram para a Mostra de Araras deste ano!
Confiram!!

http://www.youtube.com/watch?v=i17zxGquuSM&feature=youtu.be

quarta-feira, 25 de julho de 2012

X Encontro Estadual de Coordenadores | CEERJ

Olá queridos!! Segue divulgação do décimo encontro de coordenadores do ESDE realizado pelo CEERJ. Com o tema "Se sabeis estas coisas, bem-aventurados se as fizerdes", o encontro visa discutir o ensino da doutrina nas casas, entre outras áreas. Abaixo, um resumo das propostas:


Objetivo geral:
I- Compreender as particularidades do ensino para adultos, visando alcançar um melhor
desempenho nas atividades desenvolvidas nos grupos de ESDE e nos demais grupos de
estudo.
II- Conhecer como se dá o processo ensino aprendizagem no adulto para que melhor
desempenhe a sua função na tarefa de coordenação do ESDE.
III- Estruturar programas/roteiros que facilitem a aprendizagem nos grupos que atuam,
possibilitando a integração do participante e com isso, o envolvimento na tarefa abraçada.
IV- Compreender a importância das bases doutrinárias seguras para melhor desenvolvimento
dos programas, roteiros e ações.
V- Demonstrar conhecimento da visão do Espiritismo, na proposta de transformação da
humanidade, por meio das suas ações diárias, utilizando para isso, o pensamento lógico, a intuição, a
capacidade de análise crítica e reflexiva à cerca dos ensinamentos de Jesus adequando assim; o que se
aprende ao que se vive.

Objetivos específicos:

I- Analisar o objetivo do ESDE visando contribuir com a sua divulgação.
II- Sintetizar as ações de coordenador adquirindo conhecimentos pedagógicos/andragógicos
pertinentes às suas atitudes enquanto líder/coordenador no grupo de ESDE.
III- Levantar e por em discussão prática situações problemas a serem solucionadas pelos
coordenadores/monitores/ facilitadores do ESDE em relação aos programas/roteiros a serem
construídos.
IV- Sentir a necessidade de reexaminar as obras Básicas codificadas por Allan Kardec de forma
sistemática e sistematizada desenvolvendo os temas/conteúdos com o grupo de estudo.
V- Resgatar, na proposta do Cristo, adequação do ensino ao aprendiz para em seguida, do aprendiz
ao ensino.



terça-feira, 24 de julho de 2012

Sobre dança espírita | Entrevista

Oi queridos, tudo bem? Estamos divulgando uma entrevista feita com dois amigos do movimento artístico de dança falando dobre essa arte na doutrina. Vale a pena assistir o Lucas Montanher (GEDE - Grupo Espírita de Dança Evolução) e Juliana Castro (GTV) falando sobre a dança! Divulguem!!
 

sábado, 30 de junho de 2012

Noite de artes no CEERJ

Amigos, em breve o CEERJ chegará com uma surpresa para vocês!
Aguardem!!

1ª Mostra Nacional de Dança Espírita | Vitória - ES

Gente, sem dúvida este ano a dança está com tudo no nosso movimento! No post anterior falamos da mostra carioca, mas desta vez um sonho de muitos artistas de todo o país se tornou realidade: será realizada uma mostra nacional de dança!
Acontecerá em Vitória - ES - no feriadão do dia 15 a 18 de novembro. O valor da inscrição é de R$ 60 e são feitas pelo site da Abrarte (Associação Brasileira de Artistas Espíritas) e valor deve ser depositado em conta a ser enviada para o email após a inscrição.
Nos vemos lá!
Inscrições: http://www.abrarte.org.br/eventos/view.php?cod=17


1ª Mostra Espírita de Dança do Rio de Janeiro

Amigos, acontecerá em setembro a primeira mostra de dança aqui no Rio, com a participação de diversos grupos artísticos. À noite acontecerá a mostra, que será aberta ao público e as vendas de ingressos são antecipadas, podendo entrar em contato com o próprio Regeneração (sede do evento), Anderson Daltro (informações no cartaz) ou conosco, pelo email crisalida.grupo@gmail.com

Nós vemos lá!!


domingo, 24 de junho de 2012

Vídeo: Apresentação da Cúpula dos Povos | Rio+20

Olá amigos! Segue o vídeo da nossa apresentação na Cúpula dos Povos, eventos paralelo à Rio+20, ocorrido no dia 16/06/2012!

Uma energia de paz e comunhão tomou nossos corações e a alegria não poderia ter sido maior! Estamos gratos até hoje (e sempre seremos) por esse momento único! Beijos crisálidos pra vocês!!

Vídeo - Grupo Crisálida na Cúpula dos Povos | Rio+20

terça-feira, 19 de junho de 2012

Grupo Crisálida na Cúpula dos Povos | Rio+20

Olá amigos! Como havíamos divulgado para vocês (em cima da hora, sim, mas o convite foi relâmpago!) nós participamos de um evento ecumênico representando o Espiritismo na Cúpula dos Povos, que acontece até o dia 23/06 no Aterro do Flamengo.

A convite do CEERJ (Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro), nós levamos a apresentação de "Alma da arte" e participamos de um breve debate sobre sustentabilidade, organizado pelos nossos irmãos da LBV (Legião da Boa Vontade). Foi uma experiência única, com um ambiente maravilhoso, pessosas muito receptivas e, claro, a linda paisagem do Aterro nos envolvendo num dia ensolarado tipicamente carioca.

Nós agradecemos ao CEERJ pelo convite, visto tamanha responsabilidade representar a nossa doutrina em um evento tão grande e diversificado culturalmente, aos novos amigos da LBV e a todos aqueles que nos apoiaram, mesmo que de longe! Que possamos continuar levando nossa mensagem de amor a todos os cantos e, quem sabe, daqui a outros 20 anos, nós estaremos lá junto com outros grupos representando a doutrina?

Michelle e Ciro cantando "Presente de Deus", de Allan Filho, na abertura do evento

Thiago e Vinícius participam de debate sobre sustentabilidade e espiritualidade, promovido pelos amigos da LBV

Thiago (blusa branca) e Vinícius participam de debate sobre sustentabilidade e espiritualidade, promovido pelos amigos da LBV

Integração religiosa é tudo o que precisamos!!

Thiago sendo entrevistado para a Rádio da LBV

Mariângela e Rômulo dão entrevista para a LBV

Dia lindo, pessoas lindas e uma certeza: juntos, podemos fazer a diferemça no mundo!


domingo, 10 de junho de 2012

11° AME | Arte no Movimento Espírita


Olá amigos!! Após um período sem postar por aqui, estamos retomando as atividades do blog como intuito de divulgar nosso trabalho e o movimento artístico da nossa doutrina. Por isso divulgamos que, em agosto deste ano, acontecerá o 11° AME, que será realizado no Centro Espírita Humildade e Amor, em Irajá. A instituição promove este maravilhoso evento há onze anos com a participação de diversos grupos de arte espírita, tendo apresentado lá nomes como Tim e Vanessa, GAN, Alma Sonora, entre muitos outros artistas do movimento. E a edição deste ano também promete muita gente boa!! Nós teremos a honra de participar novamente e gostaríamos que vocês pudessem prestigiar esse evento tão lindo e emocionante!!

Segue o link para a inscrição no evento, feita diretamente no site (muito bem organizado, por sinal) onde vocês podem conhecer um pouco mais sobre o AME:

http://www.amearteespirita.com/

Até mais!!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

DANÇA + EDUCAÇÃO

Dança educativa: um fato em escolas de São Paulo

Marta Thiago Scarpato*

RESUMO: A Dança Educativa, desenvolvida em escolas particulares de São Paulo, está inserida na Grade Curricular da Educação Infantil, fundamentada nas idéias convergentes de Rudolf Laban e Célestin Freinet. Os resultados apontam os progressos no desenvolvimento do educando: autonomia corporal e intelectual, socialização, cooperação, responsabilidade e avanço na aprendizagem. Questiona qual o estilo de dança mais apropriado na área da educação e ressalta a necessidade de professores habilitados para desenvolverem trabalhos similares.

Palavras-chave: Dança, Escola, Laban, Freinet, Ensino.

Explorando o movimento dançante

Alguns julgam que, para ocorrer a aprendizagem, é preciso que o aluno esteja sempre sentado e quieto. Privilegiar a mente e relegar o corpo pode levar a uma aprendizagem empobrecida. É preciso ver o homem como ser total e único que quer aprender de forma dinâmica, prazerosa, envolvente.

O aluno imóvel nem sempre está envolvido com o que ocorre na sala de aula, pode estar internamente inquieto, querendo se movimentar porque é insuportável permanecer muito tempo na mesma posição. É fundamental desenvolver a corporeidade em todas as áreas, não nas áreas afins.

(…) Infeliz educação a que pretende, pela explicação teórica, fazer crer aos indivíduos que podem ter acesso ao conhecimento pelo conhecimento e não pela experiência. Produziria apenas doentes do corpo e do espírito, falsos intelectuais inadaptados, homens incompletos e impotentes. (Freinet, 1991, p. 42)

A educação deve ser global, não apenas visando a um aspecto do ser humano, o que supõe a dança na educação por ser um aprendizado que integra o conhecimento intelectual e a livre expressão do aluno.

O uso da dança na sala de aula, contudo, não visa apenas proporcionar a vivência do corpo e diminuir tensões decorrentes de esforços intelectuais excessivos. Na medida em que favorece a criatividade, pode trazer muitas contribuições ao processo de aprendizagem, se integrada com outras disciplinas.

O trabalho com o corpo gera a consciência corporal. O aluno questiona-se e começa a compreender o que passa consigo e ao seu redor, torna-se mais espontâneo e expressa seus desejos de modo mais natural, o que pode criar dificuldades para a prática pedagógica autoritária, que ainda acredita que o aluno só aprende sentado na carteira.

Qual o estilo de dança na educação?

A dança na escola vem associada a estilos que exigem uma técnica corporal com movimentos codificados, os quais requerem um ensino pautado em movimentos certos ou errados, dentro de um padrão técnico imposto pelo professor, como o balé clássico, o sapateado e outros.

O ensino do balé clássico, técnica corporal codificada, é tema polêmico. Já dentro da sala de aula, o professor divide os alunos em talentosos e não-talentosos, e o tratamento diferenciado inicia-se. Os talentosos mostram as seqüências de exercícios na barra ou no centro, são corrigidos em seus passos e ocupam lugar à frente dos colegas na sala de aula. Quando da distribuição dos personagens para um espetáculo, recebem papel de destaque, tratamento que não difere muito do contexto escolar.

No balé clássico, todos aprenderão em, no mínimo, 8 anos, passos que serão sempre repetidos, mecânicos, não pensados nem discutidos, que não expressam o interior de quem os executa.

Um único movimento, ou uma seqüência de movimentos, deve revelar, ao mesmo tempo, o caráter de quem o realiza, o fim pretendido, os obstáculos exteriores e os conflitos interiores que nascem deste esforço. (Laban apud Garaudy, 1980)

O aluno, ao adentrar a sala, reprime seus sentimentos e experiências corporais descobertas no cotidiano, desvinculando a emoção da ação. Retorna-se à educação fracionária, que visa formar partes do ser.

Que cidadão a escola quer formar com um estilo de dança que gera a competição acirrada e desumana e não a socialização e a cooperação? É balé clássico a técnica de dança mais apropriada para o contexto escolar?

Há escolas em que, numa mesma aula, ensinam-se vários estilos, o que gera confusão, a partir da própria nomenclatura: dança livre, dança-expressão corporal ou apenas dança. Dança? Qual estilo? Dança Livre com base em quais pressupostos? Em muitas aulas ocorre uma miscelânea de balé clássico, jazz, street-dance, axé e outros em apenas 50 minutos. O professor “passeia” por vários estilos, que poderiam ser melhor aprofundados e explorados, se fossem apenas um ou se existisse nesta aula uma fundamentação teórico-prático-pedagógica que justificasse tal proposta.

No Brasil, pouquíssimos professores nas técnicas de dança procuram desenvolver a consciência corporal, como faz a Educação Somática.1

O ensino do balé clássico e da dança deveria unir outras práticas corporais para um trabalho consciente e crítico com o aluno. O desconhecimento do valor da dança por parte de coordenadores pedagógicos, diretores de escolas e a falta de especialistas sérios levam a um ensino confuso, sem fundamentação e reflexão.

A dança na escola não deve priorizar a execução de movimentos corretos e perfeitos dentro de um padrão técnico imposto, gerando a competitividade entre os alunos. Deve partir do pressuposto de que o movimento é uma forma de expressão e comunicação do aluno, objetivando torná-lo um cidadão crítico, participativo e responsável, capaz de expressar-se em variadas linguagens, desenvolvendo a auto-expressão e aprendendo a pensar em termos de movimento.

A proposta por Rudolf Laban2 adequa-se perfeitamente aos princípios da educação progressista, possibilitando ao aluno expor-se por seus próprios movimentos. Não ensina apenas a forma ou a técnica, mas educa conforme o vocabulário de movimento de cada um, contribuindo para o desenvolvimento emocional, físico e social do participante.

Tal proposta, associada aos princípios construtivistas, reconhece a importância da construção do movimento e da participação do aluno.

Meu encontro com Laban e Freinet

Atuando como bailarina clássica e estudante de Pedagogia da PUC-SP, pensei em introduzir na educação uma proposta de dança diferente do balé clássico. Foi aí que conheci, por intermédio de Maria Duschenes,3 a Teoria da Arte do Movimento Humano de Rudolf Laban.

RUDOLF VON LABAN

A educação deve integrar corpo e mente, ensinando a pensar em termos de movimento para dominá-los, e não apenas se preocupar com o domínio da escrita, do raciocínio lógico-abstrato e da linguagem.

(…) um professor diante dos alunos sentados em suas carteiras pode, através da compreensão, fazer tanto para ajudar toda a classe e cada criança individualmente como o professor de dança ou de ginástica, cujo interesse pelo movimento é mais imediato. O docente que ensina matérias do tipo acadêmico deve apreciar os esforços expressados por meio do movimento, assim como o professor de dança que tem que se dar conta de que há um esforço mental implícito em toda atividade. (Laban, 1990, p. 102)

Sem vivências corporais e reflexão sobre a dança, o educador não pode conceber o movimento dançante como algo tão importante quanto falar ou efetuar operações matemáticas.

Dançar é tão importante para uma criança quanto falar, contar ou aprender geografia. É fundamental para a criança que nasce dançando, não desaprender essa linguagem pela influência de uma educação repressiva e frustrante (…). (Béjart apud Garaudy, 1980)

Para Laban, a criança tem o impulso inato de realizar movimentos similares aos da dança. Cabe à escola levá-la a adquirir consciência dos princípios do movimento, preservando sua espontaneidade e desenvolvendo a expressão criativa. O aprendizado da dança deve integrar o conhecimento intelectual e criatividade do aluno, desenvolvendo os pilares da educação (Delors, 2000).

Quando no curso de Pedagogia na PUC-SP, conheci a proposta pedagógica de Freinet com o livro Freinet – Evolução histórica e atualidades (Sampaio, 1989) e filiando-me ao Núcleo Freinet Cidade de São Paulo.4

Freinet não propõe um método de ensino, mas Técnicas5 pedagógicas para trazer à sala de aula o interesse, a alegria, a cooperação. Substitui a prática tradicional por uma prática pedagógica que leva à ação.

Freinet teve sua saúde prejudicada, ao servir como soldado na Primeira Guerra Mundial. As lições orais o deixavam cansado, sem fôlego, a sala de aula, mal ventilada, cheirando a mofo, dificultava sua respiração. Surge a primeira Técnica: a aula-passeio.

Eles saem. Começam as famosas “aulas-passeio” (curiosa antinomia!) – que vêm, tranqüilamente, negar o disciplinamento forçado dos corpos e das mentes das crianças do povo. (Oliveira, 1995, p. 112)

A aula-passeio visa colocar o aluno em contato com o meio externo para descobertas que motivem a criação do texto livre, outra Técnica Freinet.

A escola precisa realizar experiências com o corpo dos alunos, que não é um esqueleto a ser treinado pela repetição de movimentos, mas por atividades prazerosas.

A criança tem necessidade de andar e saltar: não a podemos condenar a ficar imóvel, porque certamente falharíamos e a prejudicaríamos (…). Porque a criança tem necessidade de agir, criar e trabalhar, isto é, empregar a sua atividade numa tarefa individual ou socialmente útil (…). (Freinet, 1974, p. 49)

A criança deve viver experiências variadas: cair, sujar as mãos, escorregar, gritar etc, o que contribui para o desenvolvimento dos músculos, da curiosidade e da audácia.

Laban e Freinet: uma proposta pedagógica para o ensino de dança

Laban (1879-1958) e Freinet (1896-1966) foram contemporâneos, mas não se conheceram. Suas experiências de vida são completamente diferentes. Laban, filho de militar, viveu em ambientes luxuosos, viajou por vários países e estudou na Escola de Belas Artes de Paris. Freinet, filho de camponeses, levou uma vida simples e humilde e não completou seus estudos.

Ambos apresentavam, no início do século XX, idéias avançadas demais para a época, até hoje não incorporadas na prática da educação brasileira, como a proposta de dança de Laban e as Técnicas de ensino de Freinet. Para Laban, a sala de aula é espaço constrangedor e incômodo, com mesa e cadeiras unidas, que restringem a inclinação natural do corpo. Para Freinet, as carteiras dão a impressão de aprisionamento, imobilidade.

Ambos consideram o homem como um ser integrado: corpo-mente, salientando a necessidade de respeitar o ritmo interno de cada um. Os atos e atividades espontâneas são uma forma de exteriorizar idéias e sentimentos. A educação não deve partir só de explicações teóricas, mas também do tateamento experimental.6

Laban e Freinet têm consciência de que o meio interfere na vida e na formação do ser humano, questionando os avanços da tecnologia por gerarem a imobilidade, o sedentarismo, prejudicial ao desenvolvimento.

As propostas de Laban e Freinet podem integrar-se numa proposta de ensino de Dança Educativa7 nas escolas, por contribuírem para o desenvolvimento do educando nos aspectos:

Tal proposta de dança procura levar o aluno à ação-sensação-reflexão, contribuindo paraaprender a ser, aprender a fazer, aprender a conhecer e aprender a viver juntos, que constituem os quatro pilares da educação. A Comisão Internacional sobre a Educação para o século XXI recomenda que a arte deve ter um espaço maior do que lhe é dado na escola (Delors, 2000, p. 100).

Um acontecimento em escolas paulistanas

Há alguns anos, venho ministrando a disciplina Dança Educativa na Grade Curricular da Educação Infantil em escolas particulares da cidade de São Paulo, tendo como pressupostos as teorias de Rudolf Laban e Célestin Freinet.

O Colégio Nova Era foi a primeira escola do Brasil a acreditar nessa proposta, valorizando a dança como mais uma linguagem artística a ser desenvolvida pelo educando. Situado na Zona Norte de São Paulo, o Colégio tem uma proposta pedagógica diferente das escolas da região, inspirada nos princípios freinetianos.

Muito antes da LDB 9394/96 prever a Arte como disciplina obrigatória e os Parâmetros Curriculares Nacionais (1996) proporem trabalhar várias modalidades da área, como a dança, o teatro, a música e as artes visuais, a escola já tinha as disciplinas Música, Teatro e Artes Visuais na Grade Curricular da Educação Infantil ao Ensino Fundamental.

A dança foi incluída no currículo, depois que apresentei à escola minha proposta de Dança Educativa. A coordenação pedagógica recusava, até então, a disciplina intitulada Dança com aulas de balé clássico, por julgar que tal estilo deveria ser desenvolvido em academias de dança e não no contexto escolar.

Na Educação Infantil , nível de ensino que atuei, tinha a professora polivalente e os professores especialistas na área de Arte, com aulas de música, dança educativa e artes visuais. Nas aulas com as classes do Maternal, Jardim I, Jardim II e Pré, explorava os Temas Básicos do Movimento de Laban e as Técnicas Freinet.

As aulas começavam com a roda de conversa. Espontaneamente, os alunos contavam alguma experiência que tiveram com o corpo, algum fato, e anunciava-se o que iria acontecer naquela aula de dança. Começava-se a desenvolver o aspecto número 8: Envolvimento.

Elaborávamos as Regras, combinando, professor e aluno, o que deveria ou não ser feito durante a aula: “Posso correr?” “Por que não?” “Posso ficar conversando o tempo todo com o colega?” “O que fala na aula é o meu corpo, não a boca!” Tudo era registrado num cartaz e fixado na sala. Sempre que possível, recorria-se às Regras elaboradas e que deviam ser cumpridas.

Muitas vezes, as aulas podem gerar nos alunos grande ansiedade, o que causa agitação, descontração, brincadeiras inadequadas. É a hora de parar a aula, “perder tempo” para relembrar as Regras construídas por todos. Aspectos 2 e 4: Compromisso e Responsabilidade.

O aprendizado da Dança Educativa integra o conhecimento intelectual e a habilidade corporal e criativa do aluno. A alfabetização é um processo pelo qual a criança codifica e decodifica o mundo que a cerca, processo que não atinge somente o aspecto cognitivo do aluno, mas o aluno como um todo: emocional, social, corporal etc.

Numa das aulas com a turma do Pré, foi lançado o desafio de escreverem individualmente e em grupos as letras de seus nomes e dos colegas com o corpo. A atividade deixou-os extremamente empolgados: socializaram os conhecimentos, cooperaram com os colegas e participaram espontaneamente.

No final da aula, na roda de avaliação, expuseram o que vivenciaram:

É gostoso trabalhar em grupo.
É diferente e a gente aprende mais.
Mexe os ossos do corpo.
Escrever é mais fácil que mostrar com o corpo.
Aprender fazer a letra com o corpo.
Torce o corpo para escrever a letra.

Aspectos desenvolvidos: 1. Aprendizagem, 5. Interesse, 9. Socialização, 10. Comunicação, 13. Autonomia, 14. Cooperação.

O projeto Arca de Noé, realizado com todos os professores, cada um em sua especialidade, culminou na montagem do musical Depois da Arca. Durante o processo, sugeri que pensassem no movimento dos animais da Arca de Noé e o mostrassem com seus corpos. O processo de criação coreográfica foi desenvolvido com os alunos do Pré, que recorreram ao aprendido para a elaboração das coreografias do musical.

No final do projeto, os alunos, individualmente, fizeram a auto-avaliação. “Para Freinet, uma das necessidades vitais da criança é saber se avaliar. Cada um aprende a se auto-avaliar através do trabalho que foi capaz de fazer…” (Sampaio, 1989, p. 182).

Auto-avaliação de Matheus (6 anos, aluno do Pré):

O projeto da Arca de Noé possibilitou desenvolver os aspectos, sobretudo o 6 (senso crítico), o 7 (criatividade), o 11 (livre expressão) e o 12 (respeito). O processo ação-sensação-reflexão pode ser observado nos alunos da Educação Infantil: postura corporal, domínio do movimento, relação com os fatores de movimento:8 peso, tempo, espaço e fluência de forma harmoniosa, a autoconfiança para apresentar-se numa dança em público ou expor suas opiniões para a classe, o respeito para com o grupo, sabendo ouvir e ser solidário, o que constitui os pilares da educação: aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conhecer e aprender a viver juntos (Delors, 2000).

A necessidade de um corpo docente especializado

Diante das contribuições que a Dança Educativa traz para a formação integral, crítica, cooperativa e participativa do aluno, torna-se sumamente necessário um professor especialista.

Os professores que hoje atuam com dança na escola têm formação superior em Educação Física, Educação Artística, Dança ou em outra área da educação, alguns sem curso superior e que só trabalham em academias com balé clássico, sapateado etc. O currículo de Educação Física inclui várias disciplinas, entre estas a dança, ou outra nomenclatura, desenvolvida em um semestre, um ano ou como disciplina optativa. Qual o estilo de dança ensinado nas universidades? Algumas oferecem uma visão geral da dança, apresentando todos os estilos. Será que tais cursos preparam o aluno para lecionar Dança na escola?

Os cursos de Educação Artística oferecem uma disciplina chamada Expressão Corporal, que, muitas vezes, privilegia a formação de atores. Outros, ainda, oferecem, conforme a proposta da instituição, a disciplina Licenciatura em Dança. Sem conhecimento claro de qual estilo de dança é mais adequado para ser desenvolvido no contexto escolar.

Em São Paulo, o Curso de Dança Educativa, da Faculdade Paulista de Artes, capacita professores para trabalharem com a Dança-Educação. Enfoca a Teoria de Movimento de Laban relacionada aos princípios da educação progressista e ressalta as contribuições que gera no desenvolvimento e, consequentemente, no processo de ensino-aprendizagem da criança. É ainda uma gota no oceano!

Notas

1. A Educação Somática, proposta por Feldenkrais, Alexander, Ideokinesis, Body-Mind Centering e outros, trabalha simultaneamente com aspectos motores, perceptivos, cognitivos e sensoriais. In: SOTER, Silvia, A educação somática e o ensino da dança,Lições de dança 1. Rio de Janeiro: UniverCidade, 1998.

2. Vide SCARPATO, Marta Thiago. O corpo cria, descobre e dança com Laban e Freinet. Dissertação de mestrado, Faculdade de Educação Física/Unicamp, Campinas, 1999, p. 11.

3. Maria Duschenes trouxe a Teoria de Laban para o Brasil e a difunde há mais de 50 anos. Durante muitos anos formou professores para trabalharem com a Teoria da Arte do Movimento Humano.

4. O Núcleo Freinet Cidade de São Paulo divulga a Pedagogia Freinet entre professores da rede pública e particular por meio de encontros, assessorias e artigos.

5. Freinet, op. cit., p. 38.

6. Para Freinet, a aprendizagem por tateamento experimental é processo natural, universal e interativo, que supõe inúmeras tentativas pela ação-reflexão.

7. A terminologia Dança Educativa foi apresentada por Laban em seu livro Dança educativa moderna (São Paulo: Ícone, 1990). Há outras terminologias do ensino de dança em escolas: dança criativa, dança expressiva, movimento expressivo, educação pelo movimento, que usam na íntegra ou em partes a Teoria de Laban. As escolas em que trabalho preferem o termo Dança Educativa a Dança Criativa. É uma área ainda nova no Brasil e os educadores, na grande maioria leigos em dança, optam pelo termo Dança Educativa. O ensino de dança, valorizado e proposto nos PCNs (1996), tem como fundamento os pressupostos de Laban, embora só o citem na bibliografia. Como a grande maioria de professores de dança, que hoje estão na escola, é formada em Educação Física, Dança ou Artes e poucos conhecem a Teoria de Laban, os PCNs deveriam ser mais explícitos quanto aos princípios e proposta de dança que assumem.

8. Op. cit., p. 16.

Educational dance: a fact in the schools of São Paulo

ABSTRACT: The Educational Dance taught in the private schools of São Paulo, based on the theories of Rudolf Laban and Célestin Freinet. The results show the progress in the development of the students: bodily and intellectual autonomy, socialization, cooperation, responsability and advance in learning. This article questions the appropriate dance style in the school environment and points out the scarnecess of trained teachers to develop similar work.

Key words: Dance, School, Laban, Freinet, Teaching.

Referências bibliográficas

DELORS, J. Educação: Um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI. Rio Tinto: Asa, 1996. [ Links ]

FREINET, C. Pedagogia do bom senso. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. [ Links ]

_______ . Conselho aos pais. 2ª ed. Lisboa: Estampa, 1974. [ Links ]

GARAUDY, R. Dançar a vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. [ Links ]

LABAN, R. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978. [ Links ]

_______ . Dança educativa moderna. São Paulo: Ícone, 1990. [ Links ]

_______ . Dance in general. In: The Laban Art of Movement Guild nº 26, London, 1961. [ Links ]

NORTH, M. Movement and dance education. UK: Northcote House, 1990. [ Links ]

OLIVEIRA, A.M.M. Célestin Freinet: Raízes sociais e políticas de uma proposta pedagógica.Rio de Janeiro: Papéis e Cópias de Botafogo, 1995. [ Links ]

PARÂMETROS Curriculares Nacionais. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria do Ensino Fundamental, Distrito Federal: MEC/SEF,1996. [ Links ]

SAMPAIO, R.M.W.F. Freinet: Evolução histórica e atualidades. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 1994. [ Links ]

SCARPATO, M.T. O corpo cria, descobre e dança com Laban e Freinet. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação Física/Unicamp, Campinas, 1999. [ Links ]

SOTER, S. A educação somática e o ensino da dança. In: Lições de dança 1. Rio de Janeiro: UniverCidade, 1998. [ Links ]



* Coordenadora do Curso de Dança da Faculdade Paulista de Artes (SP), mestra em Educação Física pela Unicamp, pedagoga pela PUC-SP e professora de Dança Educativa no Colégio Assunção e Instituto Madre Mazzarello.

FONTE:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622001000100004
Rate this:

domingo, 29 de janeiro de 2012

Mostra Nacional de Dança Espírita

Queridos (as) amigos (as),

É uma emoção muito grande ver o empenho de todos para tornar realidade a I MOSTRA NACIONAL DE DANÇA ESPÍRITA.

Fazer algo sozinho é muito bom, mas poder dar as mãos e fazermos JUNTOS é indescritível!

Como asseverou-nos o Mestre há mais de 2000 mil anos, quando dois ou mais estivessem reunidos em seu nome, ele ali estaria. Que Ele nos guie os passos na construção desse evento e que possamos expressar sempre somente a Sua vontade e não a nossa, onde quer que estejamos.

As logos estão lindas!!! Participe! Vote! Divulgue!

A enquete ficará aberta por uma semana. Não deixe de participar!!!!!!

http://mostranacionaldancaespirita.wordpress.com/


Danny Soares/ Belo Horizonte

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

I MOSTRA NACIONAL DE DANÇA ESPÍRITA

A MOSTRA

A I MOSTRA NACIONAL DE DANÇA ESPÍRITO é um evento que nasceu da necessidade sentida pelos grupos espíritas de dança, por uma melhor organização no calendário de realização das mostras, que tem sido criadas nos diferentes estados brasileiros.
É também, sonho acalentado desde a III Mostra Espírita de Dança “Oficina do Espírito” realizada no Estado de São Paulo desde 2001, que a realização das mostras espíritas de dança sejam fruto do trabalho conjunto dos diferentes grupos que participam do movimento.
Dessa forma, a idealização de uma Mostra Nacional de Dança Espírita foi sendo discutida durante o ano de 2011 entre os realizadores da Mostra Espírita de Dança “Oficina do Espírito – Araras/SP, da Mostra Espírita de Dança “Novos Horizontes – Belo Horizonte – MG e de vários artistas espíritas da dança interessados em fortalecer o movimento e unir os grupos.
Durante a realização da I Mostra Espírita de Dança “Novos Horizontes” em Outubro de 2011, bailarinos espíritas do Estado de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Paraná reuniram-se visando tornar realidade este sonho.
Dentre as decisões tomadas na reunião, ficou decidido que os Estados de Minas Gerais e São Paulo escreveriam o Estatuto que daria as diretrizes do evento por já terem experiência no assunto, e que este, seria discutido e votado virtualmente através das discussões da lista “sapatilha” – formada por artistas espíritas da dança e simpatizantes.
Outro aspecto levantado é que a Mostra Nacional de Dança Espírita teria caráter itinerante, como forma de difusão da dança espírita em todo território nacional e que seria realizada em anos pares, não coincidindo com o Festival de Arte e Canção Espírita de Franca/SP.




Desde então, a construção da Mostra Nacional de Dança Espírita tem sido discutida no Grupo Sapatilha, através da escrita conjunta do Estatuto.

Quanto a cidade sede, duas cidades se prontificaram a acolher o evento – Araras/SP e Vitória/ES. Em votação realizada na lista, esta última foi escolhida para realização da I Mostra Nacional de Dança Espírita em virtude de possuir as condições físicas que vão ao encontro das necessidades da realização da mostra.

A ABRARTE – Associação Brasileira de Artistas Espíritas, representada por Denize de Lucena, coordenadora do Departamento de Dança da associação, presente durante a I Mostra Espírita de Dança Novos Horizontes, prontificou-se a apoiar a iniciativa, o que foi presentemente confirmado pelo presidente da ABRARTE – Cláudio Marins em reunião presencial na cidade de Belo Horizonte, em Dezembro do mesmo ano, junto a coordenação da Mostra Espírita de Dança Novos Horizontes representada então, por Daniela Soares, Miriam Faria e Arthur Faria; o que veio a selar a parceria.

Dessa forma, a ABRARTE incluiu a I Mostra Nacional de Dança Espírita, a ser realizada nos dias 15, 16, 17 e 18 de Novembro de 2012 na cidade de Vitória/ES no seu calendário de eventos e a Federação Espírita do Estado do Espírito Santo acordou apoiar e sediar a mostra que tem a pretensão de acolher grupos espíritas de dança de todo o Brasil com o intuito de estudarem, refletirem, discutirem e realizarem apresentações de dança à luz da Doutrina Espírita.
Estimados irmãos,
A UMEU – União da Mocidade Espírita de Uberaba, estará realizando no dia 29/09/2012, o XI FEMEU – Festival de Música Espírita de Uberaba, que novamente, será em carater nacional.
Estamos trabalhando na revisão do regulamento e assim que estiver pronto, estaremos encaminhando para vocês.
Ouça todas as músicas do VII, VIII, IX E X FEMEU – Festival de Música Espírita de Uberaba (nacional). Acesse o Canal FEMEU: http://www.youtube.com/user/FEMEU1
Peço aos estimados irmãos, que repassem esse e-mail aos músicos espíritas que conhecem, bem como, nos enviem e-mail para cadastramos em nosso banco de e-mail’s dos músicos espíritas.
Anexo uma imagem para ser divulgada nas páginas do Facebook e Orkut.
Saudações fraternais.

VEM AÍ O XI FEMEU.jpg
76K Visualizar Baixar