quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Arte na Casa Espírita Educação do Espírito

por Denize de Lucena[1]

denizedelucena@terra.com.br

junho,2010.

Quando se pensa em Arte na casa espírita, vem de imediato a idéia de divulgação. Esse ponto já é aceito pela grande maioria das casas. Especialmente a música e o teatro têm ocupado estes espaços.

Uma vez que o desenho, a escultura e a pintura entraram na casa espírita por via mediúnica, em geral aparecem neste formato e, por isso, com menor frequência.

Geralmente ligada à evangelização e, em alguns casos, a eventos confraternativos, a Arte aqui e ali aparece no ambiente espírita, sem que necessariamente faça parte de suas atividades permanentes. Com louváveis exceções de algumas casas que descobriram o grande potencial que a Arte carreia e sua atuação direta na educação do espírito.

– A Arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação do “mais-além” que polariza as esperanças da alma.

O artista verdadeiro é sempre o ‘médium das belezas eternas’ e o seu trabalho, em todos os tempos, foi tanger as cordas mais vibráteis do sentimento humano, alçando-o da Terra para o infinito e abrindo, em todos os caminhos, a ânsia dos corações para Deus, nas suas manifestações supremas de beleza, de sabedoria, de paz e de amor.

Emmanuel, O Consolador, 14ª. edição, p.100, perg. 161, Ed. FEB

Fora do ambiente espírita, diversas áreas do conhecimento humano têm destacado o poder que a Arte tem em si mesma. Não como veículo, não como meio. No campo da Educação, conquistou-se instrumentos legais que asseguram a Arte como área do conhecimento humano e indispensável no conjunto de saberes acumulados pela humanidade, que devem ser ofertados às novas gerações.

Não mais se pretende desenvolver apenas uma vaga sensibilidade nos alunos por meio da Arte, mas também se aspira influir positivamente no desenvolvimento cultural dos estudantes pelo ensino/aprendizagem da Arte. Não podemos entender a Cultura de um país sem conhecer sua Arte. A Arte como uma linguagem aguçadora dos sentidos transmite significados que não podem ser transmitidos por intermédio de nenhum outro tipo de linguagem, tais como a discursiva e a científica.

Ana Mae Barbosa, Inquietações e mudanças no ensino da Arte, 5ª. ed. , Cortez Editora, p.17

A Arte possui potencial em si; é o fazer a Arte pela Arte, pelo que ela pode oferecer.

Porque é capaz de chegar em níveis que nenhuma outra área chega, alcançando além do cognitivo, níveis psicossociais, psicoemocionais e, também ao nível do perispírito, acordando lembranças que não detemos no consciente, mas que nos emocionam profundamente porque encravadas no âmago do nosso ser. É o que nos faz emocionar porque quem está em cena está emocionado, e manda energias através da vibração que chega em nós despertando os sentimentos adormecidos de outras experiências.

(…) agora, reconhecia que toda Arte elevada é sublime na Terra, porque traduz visões gloriosas do homem na luz dos planos superiores.

André Luiz, Os Mensageiros, cap.16, p.91, Ed. FEB

Quando o grupo está no palco, uma energia é gerada por ele, pelas emoções, pelas cenas que ali são representadas. Essa energia rompe o espaço cênico e avança para a platéia e a envolve, captando também dela de retorno ao palco.

Todos os artistas sabemos disto.

Essa verdade se amplia quando temos a consciência de que palco e platéia são também habitados por espíritos desencarnados que participam desta troca.

O grande debate na questão da Arte e, no caso, da Dança Espírita, é a eterna questão do rótulo. Por que Dança Espírita se não há uma proposta nova, se não há uma técnica, um método ou uma série de movimentos novos?

Todo movimento artístico foi definido pela posteridade. Estamos em pleno florescer da era das Artes e mergulhados como estamos, difícil é divisar o que fazemos. Até porque, outra grande questão é tomar a parte pelo todo. Vivemos em um país de dimensões continentais, no entanto nos referimos a questões espíritas como se fossem uma única, falamos que a casa espírita é assim, que a evangelização é desta forma, que os médiuns agem de maneira tal e que a Arte Espírita possui tal e tal intenção.

O olhar um pouquinho mais apurado e com um grama de humildade nos faz perceber que como quase tudo neste país, o movimento espírita também é plural. O fato de conhecermos alguns grupos de artes não nos habilita a dizer que a Arte Espírita está neste ou naquele caminho.

Seu advento (o Espiritismo) transformará a Arte, depurando-a. Sua origem é divina, sua força o levará a toda parte onde haja homens para amar, para elevar-se e para compreender. Ele se tornará o ideal e o objetivo dos artistas. Pintores, escultores, compositores, poetas irão buscar nele suas inspirações e ele lhas fornecerá, porque é rico, é inesgotável.

Allan Kardec, Obras Póstumas, p,185, Ed. FEB

Então há ou não uma Arte Espírita?

Se vamos buscar elementos que nos credenciem a rótulos, vamos continuar numa discussão infrutífera.

Eu diria que há uma Arte Espírita porque há artistas que, sendo espíritas, agregam à sua Arte os conhecimentos, pensamentos e princípios da Doutrina que abraçam. Assim sendo, chamaríamos de Arte Espírita aquela que é pensada e realizada sobre as bases da Doutrina Espírita.

(…)pois que este atributo, o Belo, é tão necessário às almas em progresso quanto o Amor, visto tratar-se também de um dos atributo do Criador de Todas as Coisas, e que, sendo o Universo uma expressão da Beleza Divina, e sendo o homem destinado a se tornar imagem e semelhança de Deus, deverá igualmente comungar com o Belo, a fim de poder compreender o Universo e com ele vibrar em toda a sua arrebatadora, feérica e harmoniosa beleza.

Ivone Pereira, Devassando o invisível, 7ª. ed. PP.80-81, Ed. FEB

DANÇA ESPÍRITA – REMODELANDO OS ARQUIVOS DA ALMA.

Muitas vezes porém nos atemos a falar sobre temas doutrinários em nossas coreografias e sinalizamos assim que fazemos uma Dança Espírita.

A Doutrina nos informa que somos espíritos, estamos encarnados em exercício de evolução, mantemos relação com o plano espiritual de onde nos originamos e para onde retornaremos em cada fechar de nossas existências a fim de contabilizar nosso progresso.

Em nossa estada, mantemos contato com espíritos que habitam os dois planos da vida, e estes nos influenciam, e são influenciados por nós.

Da mesma maneira que não somos médiuns apenas quando estamos na reunião mediúnica, não podemos lembrar dos fundamentos doutrinários apenas quando estamos nas reuniões do centro.

Assistimos uma noite à representação da ópera Oberon, (…)por detrás dos atores muitos espíritos, de humor jovial, se divertiam em arremedá-los, imitando-lhes os gestos de modo grotesco; outros, mais sérios, pareciam inspirar os cantores e fazer esforços por lhes dar energia. (…) Foi visto, (o espírito Weber, autor da ópera)daí a nada, no palco, pairando acima dos atores. Partindo dele, um como eflúvio se derramava sobre os intérpretes.

Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, p.204-205, Ed. FEB

Tomando as quatro principais linguagens artísticas podemos fazer uma espécie de subdivisão destas. O teatro por usar das palavras e as artes visuais, das formas, convidam-nos a um exercício que passa pela razão, nos provoca, embora emocione, num diálogo, um embate de idéias. Não à toa foram os principais representantes da arte grega, civilização berço da filosofia.

A música e a dança, modelam seus discursos em níveis mais profundos, usam do simbólico, do abstrato, da impressão, e por isso atravessam a fronteira da razão e mergulham nas misteriosas camadas do ser.

O trabalho com a dança, que se processa diretamente no corpo físico, reflete e sente refletir os arcanos do perispírito, que nos faz acordar sensações e experiências anteriores. Ao trabalharmos com a dança espírita não devemos nos furtar do amparo espiritual por meio da prece, do estudo e do bom senso.

Ele (o perispírito) vibra aos menores impulsos do espírito e transmite ao corpo físico as vibrações forçosamente reduzidas. (…) A correlação entre os dois envoltórios: físico e perispiritual, diz respeito a uma lei única, a das vibrações.

Leon Denis. O Espiritismo na Arte. 2ª. Ed. Lachâtre, pp. 96 – 97

Já mais de uma vez iniciei longas defesas ao uso da música espírita em nossas coreografias. Insisto que nada possuo de contrário ao cancioneiro popular e mesmo erudito que possuímos. Contudo, nossos conhecimentos devem ser mais profundos quando escolhemos uma música que não é espírita. Devemos investigar sua origem, seu autor, a situação na qual e para qual foi composta, a que se vincula.

As trilhas do cinema, por exemplo, costumam ser obras maravilhosas do ponto de vista musical. Geralmente orquestradas, com trimbragens variadas, compostas por quem entende do assunto. Há músicas mesmo dignas de aplausos. Sabemos, no entanto que basta ouvirmos alguém cantarolar uma melodia conhecida e logo reconhecemos a música, pescamos na memória a letra, onde a ouvimos, uma situação que passamos, etc. “Nossos pensamentos plasmam imagens, criam formas-pensamento que nos envolvem” já nos disse André Luiz. Nós, espíritas, entendemos muito bem este fenômeno.

O cérebro humano é apenas um instrumento do espírito, um elo entre o perispírito e o corpo físico. É aquele que guarda todas as informações vividas, todos as experiências e sensações. Nossa mente, como um mecanismo de busca vasculha pontos de contato e é extremamente imagética. Não guardamos palavras, mas seus símbolos, seu significado.

Quando ouvimos a trilha sonora de um filme que assistimos, imediatamente nossa mente entra em ação e nos apresenta as imagens do filme em questão. Ao escolhermos uma música de filme para dançar, precisamos então atentar para a conveniência de despertar estas imagens na platéia.

A mesma situação se dá quando escolhemos músicas populares para dançar. Se a música é conhecida, logo toda a platéia estará plasmando imagens no ambiente. A consciência deste fato nos leva ao cuidado redobrado na escolha do que dançar.

Formas coloridas de pessoas com seus instrumentos dançavam no ar, nesse palco fenomenal, executando a mais linda melodia que meus ouvidos já ouviram.

Quando ela, deslizando, aproximou-se da platéia curvando-se em saudação graciosa, as longas e lindas mãos estendidas, eu delirei. Aquilo não era real. A beleza era tanta que senti vontade de rezar.

Ela começou a dançar e dela emanavam luzes coloridas enquanto seu corpo tomava lindas e expressivas formas, desaparecendo e reaparecendo, expressando sentimentos de luz e beleza tão elevados que energias coloridas e luminosas nos atingiam e emocionavam sensibilizando-nos a alma.

E eu fiquei ali, mudo, enquanto durou aquele espetáculo inesquecível, esquecido de tudo, deixando as lágrimas correrem livremente pelo meu rosto, numa felicidade intraduzível.

Quando terminou e ela curvando-se acenou adeus, da platéia silenciosa e extasiada saiu uma energia de um rosa brilhante misturada ao lilás suave, que a abraçou com carinho. E eu, que estava na primeira fila, pude ver que dos olhos dela, brilhantes de emoção, duas lágrimas rolaram qual pérolas de gratidão e de amor.

Silveira Sampaio. Pare de Sofrer. Ed. Vida e Consciência. pp 96-97

Mesma regra serve para as músicas que levamos às nossas crianças e jovens.

O cancioneiro espírita é grandioso, vasto e diverso. Há uma infinidade de artistas de variados estilos, precisamos conhecer e prestigiar mais a música espírita. Além do que, por ser espírita, há grandes chances de já estar em sintonia com o que queremos transmitir com nossas coreografias. Há músicas espíritas para todos os momentos e todos os gostos. Certamente acharemos uma que se encaixe no que queremos. Uma breve busca na net, e mais uma vez, uma infinidade de arquivos com cifras, letras e mp3 para ser baixados, são facilmente encontrados.

O MOVIMENTO DE DANÇA ESPÍRITA NO BRASIL

O movimento de arte espírita tem crescido sobremaneira. Especialmente na última década. Na área da dança podemos destacar o importante papel do Instituto de Difusão Espírita de Araras que vem promovendo anualmente a Mostra Espírita de Dança, evento único nesta modalidade no país.

A Pintura, a Escultura, a Arquitetura, a Poesia foram, uma a uma, influenciadas pelas idéias pagãs e cristãs. Podeis dizer se, depois da Arte pagã e cristã, haverá, um dia, a Arte espírita?

– Fazeis uma pergunta que se responde por si mesma: o verme é o verme; torna-se bicho-da-seda; depois, borboleta. Que há de mais aéreo, de mais gracioso que uma borboleta? Então! A Arte pagã é o verme; a Arte cristã, o casulo; a Arte espírita será a borboleta.

Allan Kardec – Revista Espírita, p.404, 1860, Ed. EDICEL

Neste ano, chegaremos à nona edição. O evento tem data prevista para 13, 14 e 15 de novembro de 2010.

Ano passado a Mostra abrigou ainda o I Curso para Coreógrafos Espíritas: Dançando com a alma – O trabalho do coreógrafo no grupo espírita, nos dias 10 11 e 12 de outubro de 2009, numa parceria do IDE com a ABRARTE.

A idéia de se fazer um curso para coreógrafos nasceu na Mostra de 2008.

Os artistas presentes sinalizaram a necessidade de se unir para fortalecer e ampliar o evento e de qualificar os grupos e artistas ligados à dança espírita. O representante da ABRARTE que estava presente e os participantes, elaboraram a Carta de Araras onde descrevem a necessidade de que aqueles que estão à frente ou desejam estar à frente dos grupos de Dança Espírita, conheçam um pouco mais sobre esta linguagem, e conheçam as proximidade, as intercessões entre esta e a Doutrina Espírita (pelo menos o que já se sabe a respeito)

Refletindo sobre a expressão da dança em nosso movimento, identificamos necessidades e caminhos a seguir, baseados nos ideais da Doutrina Espírita e capitaneados pelo desejo de expressar-se artisticamente na busca do aperfeiçoamento moral e da divulgação da Doutrina Espírita através da arte.

Reunidos em espírito de colaboração e franco debate, nós, artistas espíritas, registramos neste documento, o extrato de nossos debates, com sugestões e solicitações à Abrarte, na crença de que a reunião de idéias contribui na construção de um caminho de crescimento e aprimoramento do movimento artístico de dança.

Percebemos que as ações ligadas à dança de caráter espírita passam ainda pela necessidade de divulgação de seus princípios e de seus eventos além da qualificação de seus fazedores, necessidade inerente a todo o movimento artístico espírita.

Carta de Araras, 17 de agosto de 2008(trecho)

Desta ação, a Abrarte reuniu um grupo de seis artistas ligados à dança para formatar o curso e ministrá-lo na edição de 2009. Assim foi feito. O curso aconteceu nos três dias da Mostra, mobilizando artistas de diversas cidades do país e potencializando os conhecimentos sobre Dança e Doutrina Espírita.

Durante a Mostra, além do curso para coreógrafos e das apresentações dos grupos, há várias oficinas, painéis e atividades voltadas para a temática, reunindo um grupo de mais de uma centena de pessoas.

Reunindo dois conjuntos de apóstolos, os participantes do I Curso para Coreógrafos Espíritas foram convidados à uma maratona de estudos e práticas para um processo de metamorfose. Do casulo do salão, saíram vinte e quatro borboletas com a certeza de poder colaborar na semeadura do Mestre Jesus. Finalmente reunidos no auditório, mais de uma centena de bailarinos presentes, deu-se início às apresentações. As luzes fugiram da platéia para reacenderem-se na Terra, em um lindo globo azul, protegido, erguido e evoluindo nas mãos de seres angelicais que ao ocuparem os espaços do palco nos ensinaram que a FRATERNIDADE das cores é um passo a ser dado pela Humanidade para esse novo momento. Na dobra do tempo/espaço onde passado e presente perderam suas fronteiras, visitamos épocas já vividas e pudemos vislumbrar o que nos espera.

(…)

De repente, como uma torneira que se abrisse, a vibração da Arte do Movimento não cabia mais em nós, as lágrimas teimaram em cair como se se tivessem rompido os diques da alma, e identificamos que nossos sentimentos careciam chegar muito além dos limites de Araras.

Borboletas revoaram em Araras, artigo disponível em http://www.arteespirita.com.br



Atualmente, estamos na campanha pela irradiação. Os grupos presentes a última Mostra foram convidados a criar blogs, a postar seus vídeos no youtube e a participarem dos eventos de Arte Espírita, em especial os realizados pela Associação Brasileira de Artistas Espíritas que vem se firmando como representando da área, inclusive junto à FEB já tendo participado de reuniões do CFN e sendo membro da comissão que está preparando um documento de orientação aos espíritas sobre a Arte.

Por todo país novos grupos de formam e se solidificam. Podemos citar alguns deles que participaram das Mostras e que podem ser encontrados na net, nos blogs e/ou no youtube:

GRUPO LEMA – FORTALEZA/CE

GRUPO ESPÍRITA DE DANÇA EVOLUÇÃO – ARARAS/SP

GRUPO ESPÍRITA DE DANÇA GRAÇA E LUZ – SÃO PAULO/SP

GRUPO ESPÍRITA DE DANÇA REFORMA ÍNTIMA – VITÓRIA/ ES

GRUPO DE TEATRO E DANÇA COR DA ALMA – RIO CLARO/SP

GRUPO ESPÍRITA DE DANÇA ARTELUZ – PAULISTA/PE

GRUPO SÁPHYRA – RECIFE/PE

GRUPO ARTE E VIDA – FRANCA/SP

GRUPO FEH – SÃO PAULO/SP

CASAS ANDRÉ LUÍS – SÃO PAULO/SP

JECAL – SÃO PAULO/SP

GRUPO ASAS DA ALMA – NILÓPOLIS/RJ

GRUPO ESPÍRITA DE DANÇA ILUMINAR – RIBEIRÃO DAS NEVES/MG

GRUPO DANÇA ARTE – GOIÂNIA/GO

GRUPO CRISÁLIDA – RIO DE JANEIRO/RJ

A arte espírita tem buscado principalmente o diálogo e o intercâmbio entre os grupos e uma maior visibilidade junto às casas espíritas, estimulando também o nascimento de novos grupos.

Uma investigação despretensiosa num site de buscas na web com o verbete Dança Espírita e/ou Arte Espírita pode reforçar nossa fala.

O Portal de Artes da Abrarte tem sido, juntamente com os de outros grupos, um pólo de união de informações, produtos e notícias do movimento de Arte Espírita no país, materializando um ideal que se mantinha adormecido qual semente e que agora brota possibilitando a espiritualização da Arte.

Aprendizes da Criação, os artistas sintonizados com o Mestre Nazareno, arrancam do lodo e da podridão as ovelhas perdidas de Deus e as alavancam rumo a Este, pelo encantamento, pela vibração na alma, pelo arroubo do diapasão em seus corações.
Para este concerto, foram reunidos muitos instrumentistas e técnicos de diversas áreas, e artistas que outrora não souberam utilizar seu talento a serviço do planeta. Uns e outros se somaram para esta missão, alguns da crosta e outros do invisível, de lá e de cá para que o ciclo se feche e o elo se fortaleça. Boa parte dos que deveriam laborar na terra, entre os encarnados, já iniciaram suas atividades ou se preparam para fazê-lo. Poucos ainda aguardam no plano espiritual para reencarnar nos próximos anos. Em poucas décadas já se poderá reconhecê-los entre os que mourejam nas lides espíritas, e em outras áreas, para que não falte a ninguém o convite.
O Plano de Deus é muito amplo e superior à nossa compreensão mas, pela Sua imensa piedade, escolheu Jesus a beleza para ser o instrumento de transformação e evolução do planeta que não casualmente fez AZUL e que azul permanecerá, mas acrescido de raro brilho e encantamento.

CARIDADE ATRAVÉS DA ARTE E DA BELEZA.

Será assim a nossa renovação e todos somos responsáveis em tornar realidade a vontade de Deus. E poderia Deus ter vontade mais bela para nós?!

Bento (Espírito). Acervo da Comunidade Arte e Paz. Disponível em http://dancaespirita.wordpress.com/2009/08/07/caridade-arte-e-beleza/

PARA REFELETIR:

Dança: Vibração da Alma
A dança é a vibração da alma que a arte impulsiona sobremaneira.

O corpo é repositório de nossas experiências mantidas nos séculos de nossas existências.

Em cada uma delas, nos despojamos deixando ao solo o acúmulo e o desgaste de nossas energias somáticas. No entanto, levamos conosco em maior profundidade a cada vez, o resultado e o acúmulo das energias, sentimentos e emoções em nosso perispírito: Nosso corpo luminoso, energético e mais sutil. É ele a ligação do ser que somos com o ser que estamos.

A arte, sutilizada e espiritualizada, que eleva-se às esferas em busca da beleza e da divindade, emana e detém as energias através deste veículo: o corpo perispiritual.

A dança, presente nas demais artes e mãe destas todas, é importante veículo de manipulação fluídica e espiritual, deixada ao largo porque ao se definir no ser, em seus contornos e desenhos primários, reflete em maior amplitude o grau evolutivo deste mesmo ser.

A humanidade, embora haja evoluído muito em referência ao seu ponto de partida, muito distante ainda se encontra do seu ponto de chegada.

É-nos mais fácil responder ao que conhecemos. E mais perto ainda nos encontramos das tribos arcaicas que da angelitude.

Nosso corpo fluídico guarda em si os sons dos tambores que buscavam as chuvas, dos chocalhos que cantavam para os ventos e dos batedores que buscavam o deus da força, o deus da natureza.

Gravados neste veículo menos grosseiro, estão os cânticos ritualizados e unicórdios das sociedades primitivas e a eles respondemos como às lembranças carinhosas de nossa infância.

Quando o homem houver desligado-se das imagens e sensações terrenas, através do intercâmbio e das visões do mundo espiritual, das esferas onde a alegria, a harmonia e a paz reinam, refletirá em seu corpo espiritual e este imprimirá no soma as energias divinas e harmônicas do universo.

A dança será então, como já o é em esferas sutilizadas, um cântico de louvação fisicalizado em luzes e formas, emitindo irradiações salutares e terapêuticas, unindo almas em sintonia com os benfeitores e elevando o ser ainda mais a planos de sutilíssimas harmonias.

A arte que plasma no homem a harmonia divina, ainda não foi por ele descoberta em sua real utilidade.

Ainda há pouco iniciou-se a busca da espiritualização da arte. Esta é sim, reflexo do homem hodierno, que ainda busca, qual náufrago em desespero, o prumo e o centro de suas aspirações. Suas inquietações ainda o perturbam e desarranjam sem que lhes traga a felicidade.

Arte e homem caminham juntos por serem tão somente uma única e mesma coisa.

A arte é o elemento divino do homem, sua emoção, sua aspiração, seu ideal, deveria ser-lhe alavanca a Deus. E o será quando ele, o homem, melhorando-se, melhorá-la, elevando-se, elevá-la e divinizando-se, divinizá-la.

Ariel ( espírito). Acervo da Comunidade Arte e Paz.

Salvador – Bahia


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[1] Arte/Educadora, Espírita desde 1995, membro da Coordenadoria de Dança da ABRARTE e da Diretoria da Comunidade Arte e Paz/BA.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

AME

9º AME – Arte no Movimento Espírita - inscrições abertas - 21 e 22 de agosto de 2010
O AME é um evento voltado para a divulgação da Doutrina Espírita através de expressões diversas da Arte Espírita.
É coordenado pela Mocidade do Centro Espírita Humildade e Amor.

Data do evento 21 e 22 de agosto de 2010

A inscrição deste ano passa a ter algumas novidades a começar pelo seu novo formato feito pela internet através do site:

http://sites.google.com/site/artenomovimentoespiritarj/

As inscrições se encerram no dia 05 de agosto de 2010.

Garanta já a sua vaga, pois este ano são limitadas.

Abaixo a programação do evento:

CENTRO ESPÍRITA HUMILDADE E AMOR
MOCIDADE ESP. GABRIEL DELANNE
9º AME - ARTE NO MOVIMENTO ESPÍRITAÉ possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.
TEMA: UM HOMEM UMA OBRA DE ARTE

Horário Atividade

21 DE AGOSTO - SÁBADO
17:00 Abertura Evento
17:20 Renato e Cristina Pavani
18:00 Apresentação Teatral - Peça Encontros e Despedidas
19:00 Encerramento - Palavras Finais

22 DE AGOSTO - DOMINGO
8:00 Recepção
9:00 Coral GVIEM, Prece e Abertura
9:20 Deslocamentos Epaços Temáticos
9:30 Espaços Temáticos "Um Homem uma Obra de Arte"
10:30 Intervalo
10:50 Grupo Som da Paz - CEHA
11:20 Banda Arte & Consciência
12:00 Coral Bezerra de Menezes
12:30 Almoço
14:00 Reabertura do Evento, Prece Cantada (Ariovaldo)
14:10 Coral GVIEM
14:30 Coroudeb - Coral de Bangu
15:10 Marcelo Daimon
15:50 Estado Di Espírito
16:20 Intervalo
16:50 Elos do Sol
17:30 Apresentação Grupo Crisálida
18:30 Prece Final